Existe um movimento curioso acontecendo no marketing, especialmente no digital. Não tem um nome, uma vez que é uma percepção particular, então eu tomo a liberdade de chamá-lo de movimento “Gênesis”, ou seja, de volta às origens. Vou tentar explicar: em meados de 2013, com o advento do digital, alguns nomes poderosos do marketing, como Philip Kotler e Jerome McCarthy, foram depreciados por nomes mais contemporâneos, expoentes no digital, que levantavam a bandeira do “menos teoria e mais prática”, impulsionados, é claro, por seus resultados aparentemente expressivos. Ousaram até separar o marketing digital do “marketing tradicional”, e isso gera confusão até hoje.
Pois bem, uma década se passou e cá estamos nós, reaprendendo todo santo dia sobre estratégia, produto, cliente, processo… Uma nova geração chegou com um conhecimento que para muitos é considerado raso, aquele conhecimento adquirido em podcasts e não em livros, por exemplo, o conhecimento em gatilhos mentais, mas que nunca ouviu falar nos 7 Ps do marketing.
Com todo esse renovar, existe uma dor latente no setor: o bendito conhecimento de marketing tradicional – aquela forma robusta e densa de pensar em todos os processos. Quem possui esse conhecimento hoje e consegue atrelar as novas tendências, tem se destacado com muita vantagem em relação aos demais.
A sensação que tenho é que nunca foi tão “novo” ter “velhos” conhecimentos.
Posso estar errado? Com certeza. Como diria um amigo: “Quem sou eu na fila do pão?” Mas, observando esse movimento, sinto-me na obrigação de acompanhá-lo e ver onde meu feeling vai me levar. Vamos esperar para ver o próximo capítulo dessa história.
